Segundo o MP-PR, Arquimedes Ziroldo, que foi prefeito de Astorga entre 2009 e 2016, e os outros três investigados são suspeitos de fraude a licitações.
O ex-prefeito de Astorga, no norte do Paraná, Arquimedes Ziroldo, o filho e a nora de Ziroldo e um homem apontado como laranja de uma empresa da família foram presos em uma operação deflagrada pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), nesta quinta-feira (12).
De acordo com as investigações realizadas pelo Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria) e pela promotoria de Astorga, os quatros são suspeitos de formarem uma organização criminosa que atua na constituição de empresas para fraudar licitações realizadas pelo Consórcio intermunicipal com sede em Astorga (Cindepar).
Além dos quatro mandados de prisão, também foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão em Astorga, Rolândia, Londrina e Pitangueiras. Foram apreendidos materiais em sete casas, cinco escritórios e na sede do Cindepar, que fica dentro da Prefeitura de Astorga.
No cumprimento dos mandados, o filho do ex-prefeito de Astorga, Daniel Ziroldo, destruiu documentos relacionados à investigação e, por esse motivo, deve responder pelo crime de supressão de documento, conforme o MP-PR.
A Justiça também determinou que medidas restritivas como suspensão de renovação e de novas contratações com o poder público, os investigados estão proibidos de frequentarem o escritório do Cindepar e de manterem contato entre si.
O advogado que defende Daniel Ziroldo e Luciana Ribeiros disse que as prisões foram desnecessárias, pois os fatos ocorreram em 2015.
Maurício Carneiro afirmou Luciana foi autorizada pela Justiça a responder ao processo em casa. A decisão é do fim da tarde desta quinta-feira. Ela não será monitorada por tornozeleira eletrônica.
"Se existe uma suspeita, elementos para uma ação penal, que se faça a colheita de provas, peça mandados de busca e apreensão. As prisões foram desnecessárias", disse o advogado.
A defesa do ex-prefeito de Astorga não foi localizada.
COMO ERA O ESQUEMA
Segundo o Gepatria, os investigados criaram empresas frias para participar de licitações, principalmente de processos para realização de obras de pavimentação de ruas. Os promotores verificaram que as empresas contratadas e que participaram de processos licitatórios pertenciam a Arquimedes Ziroldo.
O MP-PR afirma que o grupo violou o sigilo dos procedimentos, obtendo vantagem para contratar com o poder público, causando prejuízo a concorrência e ao município.
Foram apuradas fraudes em pelo menos quatro licitações. Os contratados desses procedimentos contabilizam R$ 5.703.893,33, ainda conforme o MP-PR.
O promotor Renato de Lima Castro ainda esclareceu que as fraudes envolvem também a utilização de um escritório de contabilidade para a criação de empresas de fachada. Essas empresas foram registradas em nomes de laranjas, mas pertenciam aos investigados.
Os quatro investigados devem responder pelos crimes de organização criminosa, fraude à licitações, falsidade ideológica, peculato e lavagem de dinheiro.
Com informações do G1.
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