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MORRE O SENHOR NICANOR DA VENDA DA VILA BRASIL, PIONEIRO DE MARIALVA


É com imenso pesar que o Notícias de Marialva comunica o falecimento do pioneiro marialvense Nicanor Correia Franco, aos 88 anos, em decorrência de falência de múltiplos órgãos.


O corpo está sendo velado na Capela do Prever de Marialva. O sepultamento está marcado para as 10h de amanhã, 02 de dezembro, para o Cemitério Municipal de Marialva.


À família enlutada, manifestamos sinceros pêsames e condolências.


HISTÓRIA


O capixaba Nicanor Correia Franco era um jovem de 23 anos, casado de pouco, quando esteve em Marialva pela primeira vez, gostou do lugar e fez o primeiro investimento de sua vida: comprou uma venda na beira da estrada que ligava o pequeno povoado ao patrimônio Santa Fé de Marialva.


Era uma daquelas vendas de esquina das estradas, toda de madeira, piso de cimento com vermelhão, um balcão de madeira bruta e outro de fórmica, balança Filizolla vermelha, uma armação de ferro para os rolos de papel de pão de diferentes tamanhos e os lugares para os lampeões de querosene.


A venda do Nicanor era uma das mais importantes de Marialva, com freguesia das redondezas todos os dias e o povo que vinha dos sítios nos finais de semana, muitos voltando da missa, do cinema no Cine Marialva, da praça, da paquera.


Era um tempo de fartura. O pessoal vinha dos sítios com bolos de dinheiro, escolhia as compras no balcão. Arroz, feijão, sal, tudo era em saco, pesado na Filizolla. Tinha também, em caixas de madeira, carne seca, bacalhau e manjuba. Em litros de vidro ou garrafões levavam o querosene e o óleo de cozinha, que chegavam à venda em tambores de 200 litros.

Isso foi há quase 60 anos.


O tempo foi passando, os sítios que tinham populosas colônias esvaziaram, pouca gente passava pela estrada, Nicanor e a mulher tiveram sete filhos, a estrada para Santa Fé de Marialva ganhou nome de Rua Formosa e a cidade, que antes estava a uma certa distância, encostou, passou e a venda ficou quase no centro de Marialva.


Com o tempo, deixou de ser venda, virou Bar do Nicanor, o piso de vermelhão foi substituído por cerâmica e ex-estrada poeirenta virou rua asfaltada, os clientes antigos mudaram, morreram ou estão tão idosos que não freqüentam mais o bar, embora alguns de vez em quando aparecem para jogar conversa fora, geralmente sobre os velhos tempos.


Os balcões de madeira e fórmica continuam os mesmos, mas envelhecidos. Hoje, com 88 anos e sentindo o peso da idade, o velho comerciante lembra com saudade do tempo em que virou dono de venda sem ter a menor experiência no ramo. Lá no Espírito Santo sua família era da zona rural e veio para a zona rural do Paraná na época em que o cafezal tomava conta de tudo. A família morou algum tempo em Quinta do Sol, depois resolveu cruzar o Rio Ivaí para morar em Marialva, que estava começando sua vida de cidade.


Ele amou Marialva à primeira vista e diz que foi o melhor que fez. Tudo mudou, menos o amor pela cidade que adotou e que o recebeu tão bem.


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