Ainda amargando perdas por causa da geada, cafeicultores se preparam para uma nova “batalha” contra o frio intenso
O verde da folha do pé de café deu lugar à tonalidade marrom no começo de julho, após uma geada que causou inúmeras perdas na manhã mais fria dos últimos seis anos.
E enquanto os cafeicultores ainda amargam o prejuízo da frente fria anterior, se preparam para uma nova geada, prevista para domingo (3), quando os termômetros em Marialva devem voltar a registrar dois graus, segundo os institutos Simepar e Climatempo.
Ao Jornal Agora, de Mandaguari, o gerente do escritório local do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Sérgio Zafalon, apresentou um relatório apontando estimativa de perdas de até 10% na próxima safra.
“Visitamos algumas propriedades em que houve perdas de até 40%, e o clima é de apreensão e expectativa em relação à próxima frente fria”, explica. Ainda de acordo com ele, é cedo para calcular a extensão do prejuízo, pois outras frentes frias podem causar ainda mais prejuízos.
“A gente espera que o agricultor possa recuperar o prejuízo dessa safra não para o ano que vem, mas para o outro ainda, porque essa geada influi diretamente na safra posterior”, comenta.
Com 1.300 hectares, Mandaguari tem a maior área de produção de café da região, e apenas após o fim do inverno será possível avaliar toda essa extensão para saber o que deve ser feito e como minimizar os prejuízos.
Geada capote e de canela
O gerente da Emater explica que algumas propriedades sofreram com a chamada geada capote, que é quando o topo da planta fica congelado. Com o sol, as folhas escurecem, queimam, secam e acabam caindo, e o cafezal perde produtividade por cerca de duas safras.
Um fator que torna difícil calcular a extensão total do prejuízo é o efeito da geada de canela, que acontece quando o vento congela a seiva que passa pelo caule das plantas próximo ao solo (a “canela” da planta).
Zafalon afirma que os sintomas da geada de canela na planta demoram a aparecer, e só serão sentidos a longo prazo. “Há produtores que nem sabem ainda se foram ou não afetados por isso”, declara.
Prevenção
Os cafeicultores têm se protegido como podem dos efeitos da geada. Há cuidado redobrado com os pés de cafés plantados há menos de seis meses, que passam pelo enterrio, processo que consiste basicamente em enterrar as mudas para evitar danos.
Já os pés plantados entre seis meses e dois anos passam pelo chegamento de terra no tronco. Em ambos os procedimentos, a terra é removida apenas em setembro, com a chegada da primavera.
Apesar de parecerem simples, os processos são eficazes na batalha contra o frio, e ajudam a evitar ainda mais perdas.
Com informações do Portal Agora, de Mandaguari.
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